domingo, 28 de abril de 2013

Desencontro

Por Andrea Cople
Não me encontro, não me reconheço, não vejo mais meu riso fácil nem o brilho dos meus olhos como antes.
Perdida entre as saudades e o tempo presente que parece não fazer sentido.
Não condene as minhas dores!
Só eu as sinto, só eu vivencio cada lágrima!
Também me questiono se as perdas serão sempre maiores que os ganhos.
O certo é que aprendemos muito mais com as perdas, ficamos marcados na carne e no cerne do espírito, as entranhas sofrem.
Os ganhos são efêmeros, ainda que duradouros, são sempre inconstantes.
As comportas da alma transbordam.
As paisagens das janelas não parecem tão belas, mas sei que são as mesmas, às vezes até mais coloridas.
Ando no mundo com o coração nas lembranças de um tempo que não volta mais...
Será mesmo que ando ou apenas me desloco para vários lugares diferentes que não levam a lugar nenhum?
A paisagem íntima está nublada, não de tristeza, mas de nostalgia. De vontade de perguntar e ouvir a resposta, o complemento da frase, a vírgula da calma.
Quantas pessoas me conhecem?
Muitas me vêem, mas será que me enxergam?
Continuo andando, indo à luta, tentando trilhar um caminho, o melhor caminho...SEMPRE!
(Andrea Cople - 28/4/2013)

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