domingo, 22 de dezembro de 2013

Dezembro, Natal e Jesus!

Por Andrea Cople 0 comentários
Ouvi uma reflexão sobre o Natal que vem corroborar com o que eu tenho sentido nos últimos anos.
Eu digo últimos anos porque quando amadurecemos começamos a olhar de outra forma determinadas datas e acontecimentos, principalmente se nossos afetos mais caros já não se encontram junto aos nossos corações.
É comum ouvirmos que em dezembro as pessoas ficam mais sensíveis, mais fraternas e coisas do gênero.
Não concordo totalmente. Explico:
O que vê são convites a se fazer algum tipo de bem. Seja ajudando aos porteiros (assinando o livro de ouro), seja ajudando o entregador de revista que coloca aquele cartãozinho dentro da sua revista de domingo, as caixinhas do comércio com votos de boas festas e assim por diante.
Também nesta época as instituições beneficentes reforçam seus pedidos para que seus assistidos tenham um Natal mais alegre e digno.
Não sou contra nada disso!
Pelo contrário, sou a favor que se faça isso o ano INTEIRO.
Mas o que observo é que as pessoas ficam mais apressadas do que de costume. Os supermercados ficam lotados como se a comida fosse acabar da noite para o dia.
As lojas em geral viram a Faixa de Gaza.
“Obrigada“, “por favor”, “com licença” são artigos de luxo.
Caso algum distraído discorde, experimente ir ao Saara no Rio de Janeiro ou à Rua 25 de Março em São Paulo. Quem for mais sofisticado pode ir ao shopping de sua cidade.
Não é tarefa fácil achar uma vaga para o carro. Aí você resolve deixar o carro em casa e voltar com as sacolas de táxi mesmo.
Bom, se você achar um táxi disponível em 5 minutos, me avise que eu vou junto.
As crianças trocaram o Menino Jesus pelo Papai Noel, o velhinho vestido para um frio siberiano num clima tropical.
Claro que é ótimo a confraternização com amigos e parentes, a troca de presentes sem ostentação, porque, né, o aniversariante nasceu numa manjedoura, e não em um palácio. Os presentes são simbólicos.
Aprendi com a minha mãe que Jesus nasce todos os dias em nossos corações.
Na bela canção intitulada “Quando Jesus Nasceu”* diz assim: “...se eu pudesse perguntar a Francisco de Assis, ele certamente diria: “Jesus nasceu na praça de Assis, onde deixei tudo o que tinha, e me entreguei e sou feliz”.
Cheguei até aqui para dizer que gosto das confraternizações, de ver as pessoas felizes, de arrumar a mesa com esmero para uma ceia fraterna, de trocar presentes e de cartões (de papel e não virtuais).
Dou valor a todas essas coisas durante o ano e não apenas em dezembro.
Um café com um amigo, um bate-papo rápido, risadas do bem, ajudar alguém com uma palavra de incentivo e ser ajudada.
Então, aqui fica um convite: Vamos pensar em Jesus neste Natal e em todos os dias de nossa vida!
Os ensinamentos do Mestre são tão lindos... “Amai-vos como eu vos amei”!
O maior presente de todos para qualquer amigo ou desconhecido: AMAR!
(Andrea Cople) 15/12/2013


* Música “Quando Jesus Nasceu” da amiga de ideal e dona de uma voz abençoada Ana Cláudia Bittencourt Amoras.
 

sábado, 17 de agosto de 2013

Julgamento

Por Andrea Cople 0 comentários
Não me julgue por uma palavra apenas, um momento, uma situação, uma época, um sorriso ou uma lágrima.
Cada ser é muito mais que apenas um momento, uma palavra proferida, um gesto.
Não me defina pelos seus conceitos ou ausência deles, nem me critique por uma situação.
Rótulos são perigosos, não encontram a essência da pessoa. Rótulos servem para produtos, não para seres humanos.
Quem nunca ao primeiro contato adorou de paixão tal pessoa e depois viu que não era bem assim?
Ou detestou até a voz da pessoa ao ser apresentada e mais tarde percebeu tratar-se de um ser maravilhoso?
Somos as nossas raízes, o nosso passado, nossas alegrias e tristezas, nossos traumas, nossos êxtases, nossas paixões, crenças, somos o que lemos, o que interpretamos do mundo e do que ainda não vivemos.
Você não sorriu meus sorrisos, nem sentiu minhas dores, tão pouco chorou minhas lágrimas, percorreu meus caminhos...
Posso afirmar que sou muito mais complexa, misteriosa, cheia de ramificações que ninguém conhece.
Isso não é ruim. Todo mundo tem um mundo dentro de si, tem um universo a desvendar.
Explore-me!
(Andrea Cople) 17/8/2013

domingo, 28 de abril de 2013

Desencontro

Por Andrea Cople 0 comentários
Não me encontro, não me reconheço, não vejo mais meu riso fácil nem o brilho dos meus olhos como antes.
Perdida entre as saudades e o tempo presente que parece não fazer sentido.
Não condene as minhas dores!
Só eu as sinto, só eu vivencio cada lágrima!
Também me questiono se as perdas serão sempre maiores que os ganhos.
O certo é que aprendemos muito mais com as perdas, ficamos marcados na carne e no cerne do espírito, as entranhas sofrem.
Os ganhos são efêmeros, ainda que duradouros, são sempre inconstantes.
As comportas da alma transbordam.
As paisagens das janelas não parecem tão belas, mas sei que são as mesmas, às vezes até mais coloridas.
Ando no mundo com o coração nas lembranças de um tempo que não volta mais...
Será mesmo que ando ou apenas me desloco para vários lugares diferentes que não levam a lugar nenhum?
A paisagem íntima está nublada, não de tristeza, mas de nostalgia. De vontade de perguntar e ouvir a resposta, o complemento da frase, a vírgula da calma.
Quantas pessoas me conhecem?
Muitas me vêem, mas será que me enxergam?
Continuo andando, indo à luta, tentando trilhar um caminho, o melhor caminho...SEMPRE!
(Andrea Cople - 28/4/2013)

sábado, 27 de abril de 2013

Feminina Mulher

Por Andrea Cople 0 comentários
Sou feminina mulher.
Misteriosa às vezes, transparente, quase sempre.
Mas também sou criança eterna, eterna de alegria e esperanças, muitas vezes em desalinho.
Choro, grito, peço carinho.
Depois que a tempestade dentro de mim se acalma, vejo a força que tenho, e que por vezes desprezo.
Vou vivendo com amores e dores, sabores e cores que se misturam. Não dá pra ser diferente. Sou uma cartela de nuances, de timbres desafinados, de palavras articuladas e algumas silenciadas. 
Sentimentos escancarados e outros escondidos.
Na gaveta de minha alma tudo fica arquivado.
Talvez nem me lembre mais de quantos desenganos, esperanças e sonhos.
Sou feita disso também. De passado, presente e futuro. Do certo e do incerto. Do claro e do escuro. Do riso e das lágrimas.
Do sol que nutre o meu viver e do friozinho que gosto de por vezes, sentir.
Sou feminina mulher e criança desabrochando.
Sou feminina mulher, essência misturada de uma alma inteira!
(Andrea Cople - 27/4/2013)
 

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