quarta-feira, 4 de julho de 2012

Paradoxo

Por Andrea Cople

Ao caminhar pelas ruas vejo pessoas com o passo apressado, correndo, com os semblantes fechados.
Para onde estão indo?
Correm de um lugar ao outro, sempre com muita pressa. Não têm tempo para nada.
O mais paradoxal é que a tecnologia da qual dispomos na atualidade pode aproximar as pessoas. Internet, smartphones, ipads, iphones, todos com acesso à inúmeras redes sociais.
Mas não obstante, as pessoas estão cada vez mais longe umas das outras.
Umas dizem que não têm tempo por causa dos filhos, outras, por causa do trabalho, e até aposentados reclamam da falta de tempo.
Será que é mesmo falta de tempo?
Vejo casais em restaurantes que não se falam. O homem está com seu celular de última geração checando e-mails. A mulher pode estar enviando mensagens para uma amiga.
Nunca houve tanta tecnologia a serviço do homem e nunca houve tanta solidão em meia à multidão.
Os e-mails são encaminhados ou repassados, muitas vezes sem uma única frase perguntando como o destinatário está.
As conversas ao telefone são rápidas e ofegantes, às vezes monossilábicas por uma das partes, que não vê a hora de desligar para voltar sua atenção aos seus “amigos” das redes sociais ou para os seus afazeres.
Para onde o mundo caminha com tanta pressa e indiferença?
É este o mundo que queremos?
Podemos mudar um pouco desta realidade se mudarmos nossa percepção e voltarmos nosso olhar para o outro, para as dores e angústias daquele a quem chamamos de “amigo”.
(Andrea Cople)

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